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Depressão: causas, sintomas e tratamentos

A tristeza é um sentimento normal para o ser humano, afinal, a vida é um pouco complica. Estar triste é consequência de elementos externos e desagradáveis. Mas a tristeza passa com tempo. Já a depressão não é, apenas, um sentimento ruim que logo vai embora. Durante muito tempo a depressão foi tratada como um comportamento, […]

A tristeza é um sentimento normal para o ser humano, afinal, a vida é um pouco complica. Estar triste é consequência de elementos externos e desagradáveis. Mas a tristeza passa com tempo. Já a depressão não é, apenas, um sentimento ruim que logo vai embora.

Durante muito tempo a depressão foi tratada como um comportamento, não com uma doença. Ou seja, as pessoas que apresentavam sintomas típicos do problema, como isolamento social, tristeza, falta de apetite, dentre outros, não era vista como uma pessoa que tinha uma doença. Parecia, na maioria dos casos, que estas pessoas ficavam daquele jeito por uma opção. Mas hoje em dia o quadro é completamente diferente.

O que é depressão?

A primeira coisa a se levar em conta é que a depressão é uma doença. Ela é uma doença que afeta o corpo físico e as emoções e humor de uma pessoa. Ela traz um sentimento de profunda tristeza que muda o jeito de ver e sentir as coisas ao seu redor. Essa sensação que persiste com o passar do tempo, sem um motivo suficientemente forte e que não acaba por si só.

O que é depressão?

Quando se tem depressão, os sentimentos bons são poucos e os pensamentos negativos são muitos. Ela pode causar dispersão, mudança de peso, insônia, etc. Porém é necessário o diagnóstico de um psicólogo ou psiquiatra.

A depressão não é considerada apenas como uma doença nos dias de hoje, mas também é considerada como uma grave doença. De acordo com relatórios da Organização Mundial da Saúde, cerca de 18% das pessoas no mundo inteiro vão apresentar, em algum momento da sua vida, quadros de depressão. Além disso, as pesquisas mais recentes também comprovam que a depressão é uma doença recorrente. Ou seja, as pessoas que já apresentaram um quadro de depressão possuem uma grande chance de apresentar novamente.

Causas

O que leva uma pessoa a ser deprimido ou adquirir a depressão, ainda não são conhecidos de fato. O que se pode dizer que ela ocorre quando existe um desequilíbrio funcional dos neurônios que controlam o humor. Esses neurônios ou neurotransmissores são a serotonina, a dopamina, a noradrenalina e a melatonina que trabalham nas sensações de tristeza, alegria, euforia, bem-estar, etc.

Na depressão, esses neurotransmissores ficam fora de equilíbrio e transmite sentimentos negativos. A depressão pode ser um estado ocorrente durante toda a vida de um indivíduo, mas, também, pode acontecer depois de eventos traumáticos como a perda de um ente querido, por causa do aparecimento de uma doença ou por fatores genéticos. Porém essas causas não são diretas.

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Hoje em dia sabe-se que a grande maioria dos casos de depressão, aqueles que são clinicamente diagnosticados, acontecem a partir de uma mudança química no cérebro. Existem problemas na regulação dos neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e também a dopamina.

Hoje em dia sabe-se também que alguns fatores psicológicos que antes eram considerados como a causa da depressão, acabaram se transformando em consequências desta alterações química que acontecem no cérebro. O estresse, por exemplo, pode precipitar quadros de depressão em pessoas que já estavam pré-dispostas ao problema.

A depressão é classificada em três grupos: leve, moderada e grave.

As principais formas de depressão são:

Transtorno depressivo persistente

Humor deprimido dura no mínimo dois anos com períodos de sintomas mais graves e menos grave.

Depressão perinatal ou pós-parto

Ocorre com as mulheres antes e depois do parto, com sentimentos ruins mais elevados.

Depressão psicótica

É a depressão mais complicada, grave e menos comum que vem junto com psicose, delírios, alucinações.

Transtorno afetivo sazonal

É a forte tristeza que ocorre de acordo com o clima. Tristeza nos períodos do inverno ou outono, quando há menos luz. Há aumento no peso e mudanças na qualidade do sono.

Transtorno afetivo bipolar

Não pode ser categorizado simplesmente como uma depressão. É na verdade as pessoas que sofrem de bipolaridade com a qualidade de humor muito baixa. É a depressão bipolar.

Sintomas

A diferença a depressão se difere da tristeza quando: a tristeza não tem um motivo; quando persiste por grande quantidade de tempo; perda no interesse em fazer atividades; a energia se torna menor; pensamentos de cometer suicídio; baixa autoestima.

O diagnóstico pode classificar a depressão de acordo com a sua gravidade, variando de acordo com a quantidade de sintomas presentes.

Os sintomas da depressão são os mais variados possível. O primeiro que geralmente costuma chamar a atenção das pessoas é a mudança de humor, com quadros de irritabilidade, ansiedade, angústia e profunda tristeza. Além disso, as pessoas que estão sofrendo da doença geralmente ficam desanimadas e cansadas, não apenas mentalmente, mas fisicamente também.

As pessoas também começam a sentir menos prazer em atividades que antes lhe eram agradáveis. Com isso, o desinteresse, a falta de motivação e apatia vão aumentando consideravelmente. Sentimentos como medo e insegurança também fazem parte dos quadros de depressão conhecidos.

Sintomas emocionais

  • Tristeza profunda e constante;
  • Desinteresse por coisas;
  • Falta da sensação de prazer;
  • Perda da autoestima;
  • Sentimento de culpa;
  • Pensamento ou atitude suicida;
  • Dificuldade de concentração;
  • Muita euforia ou desanimo para fazer atividades;
  • Falta de vontade de fazer sexo;
  • Sentimentos negativos maior no período da manhã;
  • Muita irritação;
  • Muita ansiedade;
  • Sensação de vazio;
  • Sentimento de fracasso;
  • Afastamento da família ou amigos;
  • Sentimentos de desesperança ou pessimismo;
  • Inquietação.
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Sintomas físicos

  • Insônia;
  • Problemas digestivos;
  • Cansaço ou fadiga;
  • Falta ou aumento no apetite;
  • Ganho ou perda de peso;
  • Imunidade baixa;
  • Dores de cabeça e musculares;
  • Diminuição da energia e fadiga;
  • Energia menor;
  • Cólicas.

Tratamentos

O tratamento pode ser feito com medicamentos antidepressivos prescritos por um psiquiatra, psicoterapia semanais com um psicólogo, terapia eletroconvulsiva, estimulação magnética transcraniana e tratamentos alternativos.

Hoje em dia as pessoas que apresentam qualquer um destes sintomas por um período maior do que uma semana podem procurar ajuda médica que encontrará respaldo, coisa que não acontecia antigamente. O tratamento pode ser feito com medicamentos. Hoje existem cerca de 30 antidepressivos diferentes disponíveis, mas praticamente todos eles são controlados e requerem receitas médicas para a compra.

Além disso, alguns pacientes vão precisar de acompanhamento psicológico ou terapêutico para o resto de sua vida.

Antidepressivos

O seu uso não leva dependência, mas só deve ser utilizado, enquanto, for necessário para o tratamento. Esse tratamento deve ser mantido por no mínimo 6 meses ou até um ano, depois da cura dos sintomas, sem ocorrência.

Em boa parte das vezes é preciso várias tentativas para se obter a medicação que combine melhor com o organismo do paciente, diminuindo os sintomas com poucos efeitos colaterais. Eles demoram de 2 a 4 semanas para começar a ter efeito. O sono, apetite e as dificuldades de se concentrar melhoram antes do humor.

O tratamento deve ser feito levando em conta os fatores biológicos, psicológicos e sociais, para decidir qual medicação mais adequada. O antidepressivo pode ser: inibidor da recaptação da serotonina, inibidor da recaptação da norepinefrina-dopamina, antidepressivo atípico, antidepressivo tricíclico e inibidor da monoamina oxidase.

Eles controlam o humor e o estresse, por isso não pode parar de toma-los por conta própria, sem autorização do médico, mesmo que o paciente se sinta melhor. Esse tipo de atitude pode trazer a depressão de volta e, até, piorá-la, causando abstinência.

Mas existem pessoas que precisam tomar antidepressivos por toda a vida.

Psicoterapia

Ela ocorre através de conversas com um terapeuta ou um psicólogo sobre a vida e sentimentos do paciente. Essas conversas ajudam nos momentos de dificuldade.

A psicoterapia é a tentativa de perceber os comportamentos negativos e procurar formas mais positivas para o comportamento social e familiar, com pensamentos positivos. Através dela, o psicólogo ou terapeuta ajuda a pessoa a lidar com os problemas, comportamentos negativos, criar um sentimento forte de satisfação, construir metas, melhorar a capacidade de tolerância e aceitação diante dos problemas da vida.

Terapias de estímulo cerebral

Na terapia de estimulo cerebral é realizada uma cirurgia para colocar eletródios no cérebro, para estimula-lo com um gerador introduzido na pele da clavícula. Impulsos elétricos são gerados no cérebro agindo nas partes responsáveis pela depressão.

Essa terapia pode aliviar uma depressão mais grave e difícil de ser tratada, permitindo um bem-estar. O médico definirá a quantidade da corrente elétrica por radiofrequência, sendo que o paciente pode fazer pequenos ajustes com a autorização. O tratamento é realizado com várias sessões, por semana de 2 a 4 semanas.

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Efeitos colaterais: confusão, desorientação e perda de memória.

Tratamento natural

É possível utilizar formas naturais para ajudar o tratamento da depressão, como, por exemplo, consumir alimentos ricos em vitamina B12, ômega 3 e triptofano, para melhorar o humor com a recuperação da energia. Os alimentos que são bons para isso são castanhas, nozes, óleo de coco e óleo de abacate. A suplementação de vitaminas do Complexo B ajudam a evitar doenças mentais e diminuem o cansaço mental e físico da depressão.

Outros tratamentos alternativos são acupuntura, aromaterapia, ioga, tai chi, meditação, massagem terapêutica, arte, artes marciais e exercício aeróbico.

Não deixe de cuidar de você

Existem dicas para fugir da depressão ou lutar contra ela:

  • Pensar em metas que gostaria de atingir;
  • Buscar um equilíbrio para a sua vida;
  • Busque pensamentos positivos e bem-estar;
  • Relaxe e respire devagar quando sentir que está ficando desesperado;
  • Aproveite a vida fazendo coisas que lhe agradam e trazem prazer;
  • Durma bem;
  • Evite se estressar;
  • Tente não se manter isolado das outras pessoas;
  • Converse e manter um bom relacionamento com as pessoas;
  • Peça ajuda para aqueles em que confia;
  • Só tome decisões importantes quando se sentir bem e com ajuda de alguém;
  • Busque sempre novas informações sobre a sua doença.

Observação: se você se encaixa em alguns sintomas observados aqui, procure um psicólogo o mais rápido possível.

É preciso levar em consideração certos elementos como: o histórico de saúde pessoal e familiar sobre a depressão, mudanças drásticas na vida ou trauma ou estresse e se existe alguma doença física e se toma algum medicamento.

Tentar levar uma vida mais leve, sem grandes preocupações com trabalho e também conseguir ter uma alimentação balanceada e uma noite de sono tranquila podem ser fatores que ajudam a manter a depressão afastada.

Existem alguns lugares para fazer terapia de graça

Se você está procurando um psicólogo neste momento, mas não possui dinheiro, existem lugares (além dos postos e hospitais) onde é possível conseguir consultas de graça: algumas faculdades e universidades, centros de apoio, ONGs. Mesmo para os que não conseguirem uma vaga para terapia ou não quiserem ser identificados uma boa forma de desabafar é fazendo uma ligação para o CVV(Centro de Valorização da Vida).

No CVV, geralmente, ligam pessoas que estão angustiadas e que se sentem sozinhas durante o dia ou à noite. Quem liga para o CVV é atendido por um voluntário disposto a ouvir seus problemas e dar apoio. Não precisa se identificar e a ligação não é registrada. Ligando para o 141, a pessoa é atendida por um voluntário de qualquer lugar do país. Há ainda, a possibilidade de atendimento por chat, e-mail e Skype.

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