Diabetes: causas, sintomas e tratamentos
O diabetes é uma doença crônica assintomática de síndrome metabólica de origem múltipla. Segundo informações coletas pela Federação Internacional de Diabetes, só em 2017, já são mais de 425 milhões de adultos com a doença no mundo. Quem possui essa doença tem uma grande quantidade de glicose (açúcar) no sangue que acontece por causa da […]
O diabetes é uma doença crônica assintomática de síndrome metabólica de origem múltipla. Segundo informações coletas pela Federação Internacional de Diabetes, só em 2017, já são mais de 425 milhões de adultos com a doença no mundo.
Quem possui essa doença tem uma grande quantidade de glicose (açúcar) no sangue que acontece por causa da falta de insulina ou/e a falta de capacidade da insulina de fazer de forma adequada as suas funções.
A glicose é adquirida através dos alimentos que comemos. Quando não se tem diabetes, a insulina é liberada quando for preciso, assim, os tecidos do nosso corpo absorvem a quantidade certa de glicose.
Pacientes com diabetes precisam fazer um autoexame todo os dias observando se há algum ferimento, seguir uma dieta alimentar adequada, fazer exercícios, controlar o diabetes com as medicações.
Metade das pessoas que são diabéticas ainda não sabem que tem a doença.
Tabela de conteúdo
- Tipos de diabetes, pré-diabetes e diabetes gestacional
- Diabetes tipo 1
- Diabetes tipo 2
- Pré-diabetes
- Diabetes gestacional
- Causas
- O que pode aumentar o nível de glicose no sangue?
- O que posso fazer para abaixar meus níveis de glicose?
- Diabetes tipo 2
- Diabetes tipo 1
- Diabetes gestacional
- Pré-diabéticos
- Tratamentos para diabete
- Diabetes tipo 1
- Diabetes tipo 2
- Diabetes gestacional
- Tratamentos para o pré-diabético
- Tipos de análogos e insulina
- Doenças decorrentes
- Mais informações
- A hipoglicemia e hiperglicemia
Tipos de diabetes, pré-diabetes e diabetes gestacional
A diabetes é dividida em diabetes tipo 1 e tipo 2:
Diabetes tipo 1
Ela é uma doença onde as nossas células que protegem o organismo começam a atacar o nosso pâncreas, porque ele não produz insulina, sendo então, considerado um corpo estranho.
O sistema imunológico destrói as células beta que produzem a insulina. O tratamento deve ser feito com a injeção de insulina. Ela é recorrente em cerca de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.
No tipo 1 a pessoa nasce com uma predisposição de impossibilidade em produzir insulina, podendo desenvolver em qualquer idade.
Diabetes tipo 2
O tipo 2 se caracteriza pela produção insuficiente de insulina ou quando a produção não faz efeito. A causa principal é o maior acumulo de gordura no abdômen que causa uma inflamação que aumenta a resistência em absorver a insulina.
O pâncreas é forçado a trabalhar mais, o que mata lentamente as células betas que produzem a insulina. Ela atinge 90% das pessoas com diabetes e pode aparecer por causa de diversos fatores como genética, má alimentação e falta de exercícios.
Pré-diabetes
É a possibilidade de uma pessoa desenvolver o tipo 2.
Diabetes gestacional
O diabetes gestacional acontece quando a quantidade de insulina extra produzida no período da gestação não é o suficiente. Ele pode acontecer em qualquer período da gravidez, mas na maior parte das vezes ela termina depois que a criança nasce.
Observação: existem diabetes que acontecem por causa de defeitos genéticos e medicamentos: defeitos genéticos da função da célula beta, defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas, causada por drogas ou produtos químicos, insipidus.
Causas
O diabetes ocorre quando o pâncreas não consegue produzir a quantidade necessária do hormônio que chamamos de insulina. A insulina reduz a glicemia, permitindo que o açúcar entre nas células do nosso corpo para nos proporcionar a energia necessária.
Um dos maiores alvos do diabetes são pessoas com sobrepeso ou obesidade pela grande quantidade de gordura acumulada em algumas partes do corpo. O grande acumulo pode estar relacionada a fatores genéticos, vida sedentária e má alimentação.
Mulheres grávidas tem mais propensão em ter diabetes se está acima do peso, se ela tiver engravidado e tido um bebê com mais de 4,5kg, se há histórico da doença na família, ganho de peso excessivo durante a gestação, gravidez de gêmeos, histórico de diabetes gestacional na mãe da gestante, ter hipertensão arterial na gestação, mulheres que engravidam em uma idade mais avançada, mulheres grávidas que tenham problemas de peso ou teve síndrome dos ovários policísticos.
O que pode aumentar o nível de glicose no sangue?
- Se alimentar de comidas com uma porção maior de hidratos de carbono do que o adequado;
- Fazer menos atividades que necessitam certo esforço físico;
- Pode acontecer devido aos efeitos colaterais de certos medicamentos;
- Uma infecção, uma cirurgia ou alguma doença;
- Mudanças nos níveis hormonais;
- Passar por momentos de muito estresse;
O que posso fazer para abaixar meus níveis de glicose?
- Se alimentar com comidas com uma porção menor de hidratos de carbono do que o habitual;
- Tomar insulina em excesso ou aumento na dosagem do seu medicamento;
- Fazer mais atividades físicas;
- Pode acontecer por causa do efeito colateral de algum medicamento;
- Pular refeições;
- Tomar bebidas alcoólicas;
- Sintomas.
De forma geral, os principais sintomas são ir muitas vezes urinar, muita fome, muita sede e perda de peso. Mas cada tipo de diabetes tem certas características diferentes:
Diabetes tipo 2
- Cansaço;
- Dificuldade para enxergar;
- Aparecimento de furúnculos;
- Formigamento nos pés;
- Difícil cicatrização;
- Muita fome e muita sede;
- Infecções no corpo;
- Má circulação;
- Perda de peso;
- Dificuldade de se concentrar;
- Câimbras pelo corpo;
- Dores nas pernas.
Diabetes tipo 1
- Fraqueza e cansaço sem motivo;
- Náusea e fome;
- Muita fome e muita sede;
- Perda de peso;
- Urina muito frequente;
- Irritação;
- Variação do humor;
- Má circulação;
- Dificuldade na cicatrização;
- Dificuldade de se concentrar;
- Câimbras pelo corpo;
- Dores nas pernas.
Diabetes gestacional
- Dificuldade em perceber os sintomas;
- Muita sede e muita fome;
- Urinar várias vezes por dia
- Dificuldade em enxergar;
- Pode acontecer com qualquer mulher grávida;
- Cansaço sem motivos ou exageradamente fora do comum;
- Dificuldade de se concentrar;
- Câimbras pelo corpo;
- Dores nas pernas.
Pré-diabéticos
Não apresenta sintomas visíveis.
Tratamentos para diabete
Para prevenir é importante manter o peso ideal, evitar bebidas alcoólicas e cigarros, manter a pressão equilibrada, fazer exercícios, porque os tratamentos contra o diabetes são para controlar a glicose no sangue. Além disso, ela não tem cura.
Diabetes tipo 1
Os diabéticos que possuem o diabetes tipo 1 precisam fazer aplicações de insulina várias vezes por dia para que a glicose fique estável. Eles devem sempre ter em mãos um glicosímetro para medir os níveis da glicose no corpo. A injeção deve ser feita na barriga, coxa, braço, cintura, glúteo.
Em alguns casos são prescritas medicações para o tipo 1: Glifage, Glifage Xr, Metformina.
Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 vem acompanhado de outras doenças que precisam de cuidados que devem ser observadas por um médico para que o tratamento dela seja eficaz.
Os medicamentos usados para tratar diabetes tipo 2 são: Inibidores da alfaglicosidase, Sulfonilureias,Glinida de nateglinida e repaglinida.
Os pré-diabéticos devem buscar a orientação nutricional e a prática de atividades físicas, pode-se iniciar medicação para impedir a piora da hiperglicemia.
Para prevenir que o tipo 2 apareça é só manter hábitos de vida saudáveis com o peso adequado não deixando acumular a gordura no abdome. Quando existe histórico de diabetes tipo 2 na família este cuidado deve ser maior, pois as chances de ser diagnosticado com a doença aumentam.
Diabetes gestacional
O tratamento tem como objetivo diminuir a quantidade de açúcar no sangue da gestante, fazer a ultrassonografia com exames detalhados sobre o desenvolvimento da criança, tomar medicamentos específicos para gestantes com diabetes, fazer exercícios físicos. Em certos casos é preciso aplicações de insulina e medicamentos.
É preciso fazer testes constantes, pois se a gestante estiver com diabetes existe a probabilidade de o bebê nascer grande. As mulheres com diabetes podem ter infecção urinária, tem grande probabilidade de ter que fazer cesariana, pré-eclâmpsia, chorioangioma placental. O bebê pode nascer bem grande, ter hipoglicemia ou icterícia.
Para prevenir é necessário manter a glicose bem controlada para reduzir os riscos na gravidez. A mulher grávida precisa manter um peso saudável durante antes e durante a gravidez, fazer atividades físicas moderadas por um período de 30 minutos.
Tratamentos para o pré-diabético
É feita uma prevenção para um possível diagnóstico de diabetes. Para evitar que ela se desenvolva é preciso aprender a levar uma vida mais saudável com reeducação alimentar e atividades físicas e, em certos casos, uso de medicações.
Observação: só o médico pode dizer qual o medicamento mais indicado, a dosagem correta e a duração do tratamento.
Para se obter o diagnóstico é preciso fazer um exame de glicemia em jejum para medir e monitoramento do nível de açúcar do sangue; a hemoglobina glicada é um exame que indica a quantidade média de quantidade de hemoglobina no sangue dos últimos 3 meses; curva glicêmica mostra o tempo que o organismo leva para absorver a glicose após 2 horas depois da refeição.
Tipos de análogos e insulina
Para todas as pessoas com diabetes tipo 1 e para alguns com tipo 2, a insulina é fundamental para controlar os níveis de glicose no sangue.
A maior parte dos diabéticos aplicam insulina e análogos de insulina humana, mas há algumas pessoas que ainda usam insulina animal por acharem que funciona melhor.
- Análogo de ação rápida: é injetado pouco antes, com ou após a refeição, e tem pico de ação de até 3 horas;
- Análogo de ação prolongada: é injetado uma vez por dia e dura 24 horas;
- Insulina de ação curta: é injetada entre 15 e 30 minutos antes da refeição para ajudar a manter os níveis de glicose após as refeições;
- Insulina de média e longa ação: é tomada uma vez ou duas vezes por dia;
- Insulina pré-misturada: é uma combinação de insulina de ação curta e média.
Doenças decorrentes
- Pré-diabético: é quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera devido a má circulação sanguínea;
- Arteriosclerose: é a dificuldade de o sangue passar pelas artérias;
- Retinopatia diabética: lesões na retina, podendo causar sangramentos. Como o glaucoma que é a pressão elevada nos olhos que pode levar a cegueira e tratada com medicamentos à cirurgia. Ou a catarata que leva a pessoa a ficar com a vista embaçada o que geralmente leva a cirurgia;
- Nefropatia diabética: a diabete afeta os vasos sanguíneos dos rins o que afeta o seu funcionamento;
- Neuropatia diabética: dificuldade dos nervos para emitir e receber as mensagens do cérebro;
- Infarto do miocárdio e AVC: os grandes vasos sanguíneos de órgãos importantes são obstruídos;
- Infecções: o diabetes causa danos ao sistema imunológico, aumentando as chances de se contrair alguma infecção;
- Hipertensão: acontece por causa da obesidade.
Quando se tem a doença, é importante saber o que pode fazer a glicose aumentar ou diminuir para que a glicemia permaneça nos intervalos desejados.
Mais informações
Se você descobriu que é diabético, mantenha a glicose no sangue, a pressão arterial e o colesterol em níveis adequados, através de um plano de alimentação saudável e de atividade física regular, tomando sua medicação e seguindo o tratamento prescrito.
Ela causar dificuldades durante uma gravidez, causando aborto ou levar o bebê nascido a ter problemas como macrossomia, hipo neonatal, hiperbilirrubinemia.
Mulheres com diabetes também são mais propensas a ataques cardíacos numa idade mais jovem. Alguns homens com diabetes podem sofrer de impotência, mas existem tratamentos que podem ajudar.
A diabetes pode causar muitas outras doenças graves e perigosas, mas que podem ser completamente evitadas, se a pessoa que tiver conseguir manter a glicose em um nível saudável.
A hipoglicemia e hiperglicemia
A hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose estão muito baixos. Para um diabético é muito difícil evita-la, por causa do tratamento com a insulina e o nível de glicose se mantém na maior parte do tempo baixa. Isso pode ser perigoso.
Há quem pense que são as grandes oscilações de glicose no sangue, de muito alta a muito baixa, que leva a uma hipoglicemia grave.
A glicemia, quando está bem controlada, pode levar algumas vezes a ter uma hipoglicemia leve com alguma frequência. Mas as hipoglicemias realmente perigosas, são raras.
Com a glicose está muito alta, é extremamente perigoso, pois pode levar à uma hiperglicemia. A hiperglicemia pode levar uma pessoa à uma cetoacidose diabética, cegueira, coma hiperosmolar não cetótico, amputação, miíase ou à um coma diabético.
Recentemente foi publicado uma pesquisa realizada pela Universidade de Washington dos Estados Unidos, em que, se relaciona a diabetes com a poluição por CO2. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Planetary Health indicando que em 14% dos diabéticos do mundo em 2016 teriam adquirido a diabetes do tipo 2, através das partículas poluentes que existe no ar.
Não importa o motivo. Para evitar ou controlar a diabetes é preciso manter-se saudável evitando um grande aumento e a grande diminuição nos índices da glicose no sangue.